O relator Humberto Costa destacou a importância da prorrogação das cotas, enfatizando que a maioria dos negros são pobres e que as cotas também têm um caráter social. O projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e seguiu para o Plenário do Senado, onde houve debate acalorado. Enquanto Flávio Bolsonaro propôs a substituição das cotas raciais por cotas sociais, foi rejeitado pelos demais senadores.
Humberto Costa ressaltou a desigualdade de representatividade no serviço público e a importância das cotas para garantir mais diversidade e inclusão. Por outro lado, o líder da oposição, Rogerio Marinho, criticou a política afirmativa, alegando que ela acentua a falta de qualidade na educação brasileira.
No entanto, Randolfe Rodrigues defendeu a política de cotas como uma “conquista civilizatória” e destacou a importância da diversidade no país. A senadora Zenaide Maia também defendeu as cotas, destacando a desigualdade enfrentada pelos negros no Brasil. O projeto aprovado prevê uma reserva de 30% das vagas para pretos, pardos, indígenas e quilombolas em concursos públicos, com critérios específicos de identificação e prazo de revisão a cada dez anos.
A discussão sobre a prorrogação das cotas raciais no serviço público reflete a busca por uma sociedade mais inclusiva e equitativa, visando a representatividade e a justiça social. O debate no Senado evidenciou as diferentes visões sobre o tema, mas a aprovação do projeto revela o reconhecimento da importância das políticas afirmativas para promover a igualdade de oportunidades.