Durante a instalação da comissão, o deputado Túlio Gadêlha demonstrou gratidão pela confiança dos colegas e destacou o compromisso dos membros da comissão com a questão da migração. Ele enfatizou a importância de superar ideologias para garantir cuidados adequados aos imigrantes e ressaltou a necessidade de políticas públicas adaptadas à realidade de cada estado.
O senador Paulo Paim ressaltou a relevância da comissão diante da realidade do Brasil, citando dados de 65 mil pessoas reconhecidas como refugiadas no país no ano anterior. Venezuelanos e cubanos estão entre os grupos que mais buscam refúgio no Brasil, e a Agência da ONU para Refugiados estima que o número de pessoas refugiadas no mundo chegará a 130 milhões em 2024. Paim enfatizou a importância de fiscalizar os direitos dos refugiados que chegam ao Brasil, destacando que os direitos humanos e as políticas humanitárias não têm fronteiras.
A deputada Reginete Bispo expressou preocupação com a fome como incentivadora da migração forçada, enquanto a deputada Carol Dartora ressaltou o desafio da comissão em trabalhar pela efetivação de políticas públicas em favor dos refugiados, defendendo que migrar é um direito humano. A CMMIR, criada em 2019 para acompanhar os movimentos migratórios nas fronteiras do Brasil e a situação dos refugiados internacionais no país, tem a composição de 12 senadores e 12 deputados federais, com a renovação anual de seus membros.