SENADO FEDERAL – Comissão de Desenvolvimento Regional discutirá proposta para gestão de recursos dos fundos constitucionais por instituição financeira não administradora.

A Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal anunciou que realizará uma audiência pública para discutir o Projeto de Lei 5.187/2019, que propõe autorizar a gestão de parte dos recursos dos fundos constitucionais por instituição financeira que não seja a administradora original. O objetivo do debate é ouvir a posição do governo e dos bancos públicos sobre o assunto. A decisão de realizar a audiência foi tomada nesta terça-feira (21) e o requerimento partiu do senador Jaques Wagner (PT-BA) e foi subscrito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O projeto, relatado pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), visa incentivar a melhor utilização dos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO). No entanto, o senador Jaques Wagner expressou preocupação com o texto, argumentando que a imposição do repasse mínimo de 40% a outros bancos, sem condicionantes objetivas e sem verificação de demanda por parte dessas instituições financeiras federais, poderia prejudicar a política pública de fomento a essas regiões e levar a uma má alocação de recursos.

Para a audiência pública, serão convidados representantes dos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional, da Fazenda, do Banco do Brasil, do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste.

O projeto tem gerado debates e controvérsias, com defensores argumentando que a medida pode ampliar a oferta de crédito para empresas situadas nas regiões beneficiadas pelos fundos constitucionais. Por outro lado, críticos temem que a medida possa fragilizar a atuação dos bancos públicos nessas regiões, resultando em uma distribuição ineficiente dos recursos.

O senador Jaques Wagner destacou a importância do debate para a tomada de decisão sobre o projeto, enfatizando a necessidade de considerar os potenciais impactos da medida.

Até o momento, a data da audiência pública ainda não foi definida, mas a expectativa é de que o debate seja amplo e gere subsídios para a decisão dos parlamentares. A questão dos fundos constitucionais e sua gestão continuará sendo acompanhada de perto, dada a relevância desses recursos para o desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

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