Palestina enfrenta veto dos EUA na ONU para admissão como membro, gerando críticas e tensões no Oriente Médio.

Os Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira uma resolução no Conselho de Segurança para a admissão da Palestina como membro das Nações Unidas, em um movimento que reforça a posição histórica de Washington em relação ao conflito entre Israel e Palestina. A votação contou com o apoio de 12 países, além de duas abstenções, mas foi vetada pelo único país que votou contra, os EUA.

A resolução, apresentada pela Argélia, buscava recomendar a admissão do Estado da Palestina nas Nações Unidas. Para ser aprovada, o texto precisava de pelo menos nove votos dos 15 membros do Conselho de Segurança e não poderia ser vetado pelos países com assento permanente. Apesar do apoio da maioria dos membros do Conselho, o veto dos EUA impediu a aprovação da resolução.

Antes da votação, o representante palestino na ONU, Ziad Abu Amr, destacou a importância da admissão da Palestina como membro pleno da organização para promover a paz na região. Ele ressaltou que o conflito entre Israel e Palestina vai além das fronteiras desses dois países e impacta outras regiões do Oriente Médio e do mundo.

A Palestina atualmente possui um status de país observador permanente na ONU, o que não lhe confere direito a voto em resoluções importantes. No entanto, o pedido para se tornar um membro pleno das Nações Unidas foi novamente submetido ao Conselho de Segurança, culminando na votação desta quinta-feira.

Após o veto dos EUA, o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzia, criticou a decisão, afirmando que o objetivo era pressionar os palestinos a se submeterem a uma força de ocupação. Por outro lado, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA justificou o veto, ressaltando a necessidade de negociações diretas entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina para se chegar a uma solução pacífica.

A votação gerou reações de diversos países, incluindo o Brasil, que reconhece o Estado palestino desde 2010. O chanceler brasileiro Mauro Vieira afirmou que a comunidade internacional deve receber a Palestina como um novo membro das Nações Unidas, destacando a importância de atender às aspirações do povo palestino pela autodeterminação e pela formação de um Estado soberano.

Em meio a um cenário de conflito no Oriente Médio, a questão da admissão da Palestina como membro pleno da ONU continua sendo um tema sensível e de grande relevância política e humanitária. A decisão dos EUA de vetar a resolução demonstra a complexidade e a delicadeza das relações entre as partes envolvidas no conflito israelense-palestino.

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