Após ter sido aprovado pelo Senado em 2018, o texto precisou passar por algumas mudanças na Câmara, o que levou a votação novamente no Senado. O projeto, de autoria do senador Eduardo Braga (MDB-AL), teve sua versão final relatada pelo senador Flávio Arns (PSB-PR) no Senado e pelo deputado Pedro Campos (PSB-PE) na Câmara.
De acordo com o projeto, o desconto na conta de água e esgoto será de no máximo metade do valor da tarifa, aplicado aos primeiros 15 metros cúbicos consumidos por residência beneficiada, ou 7,5% do valor pago aos beneficiários do Bolsa Família, que atualmente é de 600 reais. O excedente consumido será cobrado pela tarifa regular.
O impacto fiscal da implementação dessa tarifa social será financiado por rateio entre os consumidores de outras rendas, além de dotações orçamentárias do Executivo e multas aplicadas pela agência reguladora. Estima-se que o custo inicial para implementação varie entre R$1,8 bilhão a R$5,5 bilhões.
Estima-se que cerca de 34 milhões de famílias poderão ser beneficiadas com essa iniciativa, que tem como objetivo garantir o acesso à água e esgoto para a parcela da população mais vulnerável economicamente. Com a aprovação desse projeto, pretende-se garantir o acesso a um serviço essencial a todos os cidadãos, independentemente de sua condição financeira.