O relator do projeto, senador Humberto Costa (PT-PE), defendeu veementemente a iniciativa, argumentando que ela é fundamental para promover a igualdade de oportunidades e combater a discriminação racial no acesso aos cargos públicos. No entanto, nem todos os parlamentares concordaram com a medida.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por exemplo, se posicionou contrário às cotas raciais, sugerindo que critérios sociais seriam mais justos e eficazes para garantir a igualdade de acesso aos concursos públicos. Para Bolsonaro, a reserva de vagas com base na raça poderia gerar injustiças e privilegiar determinados grupos em detrimento de outros.
O debate em torno das cotas raciais dividiu opiniões no Senado, com parlamentares defendendo tanto a necessidade de medidas afirmativas para corrigir desigualdades históricas quanto a importância de garantir a igualdade de oportunidades sem distinção de raça ou cor. A votação do projeto na CCJ foi marcada por intensas discussões e argumentações de ambos os lados.
Agora, o projeto segue para análise do plenário do Senado, onde deverá ser discutido e votado pelos demais senadores. A expectativa é de que a proposta provoque novos embates e reflexões sobre o papel do Estado na promoção da inclusão e da equidade racial no serviço público.