INTERNACIONAL – Nicolás Maduro sanciona lei para defesa da Guiana Essequiba e denuncia presença de bases da CIA na região, tensionando relações.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, causou mais uma polêmica ao sancionar, na noite de quarta-feira (3), a lei para a defesa da Guiana Essequiba, território atualmente pertencente à Guiana, mas reivindicado pela Venezuela. Maduro também denunciou a presença de bases militares secretas dos Estados Unidos e da CIA na Guiana.

Esse episódio reforça uma disputa histórica pela região, que é rica em petróleo e gás e representa 75% do território atual da Guiana. Desde o final do século 19, a região tem sido alvo de controvérsias territoriais.

A nova legislação, aprovada pela Assembleia Nacional da Venezuela em março deste ano, foi um desdobramento do referendo realizado em dezembro de 2023, que reconheceu Essequibo como parte da Venezuela por uma grande margem de votos. Maduro afirmou que a decisão tomada pelo povo venezuelano será cumprida em todas as suas partes e que o país seguirá a defesa da Venezuela nos cenários internacionais.

No entanto, a postura de Maduro encontrou resistência. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que a tentativa de anexar parte do território vai contra o direito internacional e compromissos acordados anteriormente entre os dois países. Esse ato ilegal gerou tensões na América do Sul, apesar dos esforços do Brasil para mediar o conflito.

Maduro também acusou os Estados Unidos de instalar bases militares secretas na Guiana, alegando que essas instalações têm o objetivo de agredir a Venezuela. O Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, responsável pela América Latina, foi citado pelo presidente venezuelano como parte desse esquema.

A história de disputa pela região de Essequibo remonta ao século 19, quando a Grã-Bretanha tentou expandir seu território na área. A resolução desse impasse, que envolve bilhões de barris de petróleo, ainda é uma questão em aberto, apesar de acordos anteriores intermediados pelas Nações Unidas.

Diante disso, a situação na região permanece instável, com o governo Maduro firme em sua decisão de reivindicar a Guiana Essequiba e as demais nações envolvidas buscando uma solução diplomática para evitar um conflito armado. O desfecho dessa disputa ainda é incerto, mas é certo que continuará sendo um ponto de tensão nas relações internacionais.

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