Os sintomas mais comuns dessa síndrome incluem edema nos membros inferiores, vermelhidão ou manchas na pele e o desenvolvimento de varizes na região afetada. De acordo com a SBAVC, as complicações mais graves podem incluir trombose venosa profunda (TVP), um problema que gera a formação de coágulos sanguíneos nas veias das pernas, aumentando o risco de embolia pulmonar.
Tanto homens quanto mulheres de diversas faixas etárias podem ser afetados por essa síndrome, sendo mais comum em mulheres entre 20 e 50 anos. A estrutura anatômica da pelve feminina e fatores hormonais contribuem para a maior incidência dessa condição nesse público. Segundo o cirurgião vascular Michel Nasser, a falta de cuidados adequados pode levar a danos permanentes nas veias, ocasionando a Síndrome Pós-flebítica, que se manifesta através de úlceras nas pernas após anos do episódio de trombose.
A prevenção dessa síndrome pode ser feita através de medidas simples, como a prática regular de exercícios físicos, manutenção de peso saudável e evitar ficar em pé ou sentado por longos períodos. No tratamento, podem ser utilizadas diferentes opções, desde anticoagulantes para prevenir a formação de coágulos até cirurgias que visam a descompressão da veia afetada.
A cirurgia endovascular tem se mostrado uma opção menos invasiva e com recuperação mais rápida para casos mais graves da Síndrome de May-Thurner. Nasser ressalta a importância da investigação precoce desses casos, uma vez que muitos pacientes podem não apresentar sintomas evidentes. Assim, é fundamental ficar atento a qualquer sinal de varizes, inchaço ou dor na perna esquerda e buscar ajuda médica adequada. Essa síndrome, apesar de pouco conhecida, pode trazer graves consequências para a saúde se não for identificada e tratada a tempo. Portanto, a conscientização e a atenção a esses sintomas são essenciais para evitar complicações futuras.