Durante a assembleia, a União solicitou informações sobre quais instituições do “grupo União” estavam presentes no evento, bem como o volume de ações de cada uma que seriam consideradas nas votações dos temas da pauta. No entanto, a companhia se recusou a fornecer essas informações, alegando que eram confidenciais.
O representante da União, Ivo Timbó, procurador da Fazenda Nacional, levantou questionamentos sobre a caracterização da União pela empresa, se como “ente político” ou como “grupo”. Com 43% do capital da empresa, a União tinha seu peso nas votações limitado a 10%, o que gerou preocupações por parte dos representantes do governo.
Tiago Tadeu Silva, representante do BNDES, e Matheus Assis, representante da Previ, também endossaram as solicitações de transparência nas votações. No entanto, o presidente da mesa negou os pedidos, alegando questões de confidencialidade.
A votação da pauta revelou a divisão entre governo e empresa, com a União rejeitando propostas como a destinação de resultado e a fixação da remuneração global anual dos administradores. Além disso, os indicados da União ao Conselho Fiscal não foram aprovados.
Em meio a divergências e tensões, a assembleia da Eletrobras evidenciou a complexidade e a sensibilidade do processo de privatização da empresa, com diferentes interesses em jogo e disputas por poder e controle. A transparência e a observância das regras e procedimentos legais tornam-se fundamentais em um cenário de mudanças e transformações no setor energético nacional.