Desde o início do conflito, Lula tem se recusado a condenar de forma enfática as ações do Hamas, optando por também criticar a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Recentemente, o presidente se reuniu com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh, durante a cúpula anual da União Africana, na Etiópia, para discutir a situação na região.
Em diversas ocasiões, mesmo quando se manifestou contra os ataques do Hamas, Lula fez questão de condenar a resposta israelense de forma contundente. Em um dos episódios mais marcantes, o presidente errou ao citar o número de mortos do lado palestino, afirmando que Israel estava matando “milhões de inocentes na guerra”. Além disso, Lula comparou a ofensiva israelense a um ato de terrorismo, caracterizando-a como genocídio.
O governo brasileiro também foi criticado por sua relutância em classificar o Hamas como um grupo terrorista durante o início do conflito. O Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual Lula pertence, optou por não mencionar o grupo nas primeiras manifestações sobre os ataques, priorizando o reforço da política de “dois Estados, duas nações”.
Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social, também gerou polêmica ao afirmar que o Hamas precisa ser responsabilizado, mas relativizou o posicionamento ao citar o Exército Republicano Irlandês e Nelson Mandela como exemplos de acusados de terrorismo.
As declarações de Lula e de membros do governo brasileiro têm gerado desconforto entre a comunidade judaica local e críticas de organizações vinculadas a Israel, que rejeitaram a comparação da ofensiva israelense com atos de terrorismo. As observações recentes do presidente durante sua visita ao Egito, onde novamente criticou a ação de Israel, reacenderam as controvérsias em torno de sua postura em relação ao conflito.
Apesar de ter condenado o grupo terrorista Hamas em algumas ocasiões, as críticas de Lula à resposta israelense e a sua relutância em classificar o Hamas como terrorista continuam gerando debates e descontentamento em diversos setores. O presidente tem recebido reações adversas por suas declarações, que são consideradas insuficientes para condenar de forma enfática as ações do Hamas.