Presidente do Banco Central comenta relação com governo, desafios do Pix e parcelamento sem juros em live.

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista ao vivo na instituição, admitiu que houve alguns “ruídos” na relação com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o primeiro ano de governo. No entanto, ele enfatizou que essa fase foi superada e serviu como um teste para a autonomia do BC.

Ao ser questionado sobre a relação com o governo, Campos Neto ressaltou que, apesar dos primeiros desafios, a autonomia operacional do BC foi sancionada em 2021, durante a gestão de Jair Bolsonaro, o que proporcionou um mandato para ele e para os diretores da instituição, que não podem ser substituídos por decisão do governo.

O presidente do Banco Central destacou a importância desse teste inicial para a maturidade institucional e ressaltou o papel técnico e apartidário do BC em relação às políticas monetárias e macroeconômicas, que vão além do mandato de um governo específico.

Apesar disso, Campos Neto admitiu sua frustração quanto ao fato das demandas dos servidores do banco ainda não terem sido atendidas pelo governo, afirmando que a insatisfação do quadro em relação às condições de trabalho foi a parte mais frustrante de sua gestão.

Além disso, o presidente do BC abordou algumas questões relacionadas ao Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central. Ele mencionou as experiências iniciais de utilização do Pix na Europa e América Latina, destacando o interesse de países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Paraguai, em adotar a plataforma. Contudo, ele ressaltou o desafio de integrar amplamente o sistema de pagamento com outros países.

Por fim, Campos Neto negou a ideia de acabar com as compras parceladas sem juros, porém reconheceu a necessidade de ajustes nessa modalidade de crédito, que contribui para o aumento dos juros. Ele enfatizou a importância de uma conversa ampla com todos os envolvidos, visando resolver as distorções no sistema de parcelamento sem juros e garantir a capacidade das pessoas de comprar a longo prazo.

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