Em suas palavras, ela expressa a importância desse tributo: “Um tributo às mulheres. Mais do que vestir looks, este ano vestimos histórias — histórias de alagoanas que marcaram o tempo com coragem, identidade e resiliência. Vestir Maceió é carregar a memória de tantas que vieram antes, de tantas que seguem abrindo caminho. Elas são presença, legado e inspiração.” Essa abordagem não apenas enaltece as figuras femininas que contribuíram para a sociedade alagoana, mas também exalta a herança cultural que elas representam.
Entre as homenageadas, destacam-se nomes como Vera Arruda, referência na arte e design, e Tânia Maia Pedrosa, jurista que atua na defesa dos direitos femininos. Sil da Capela, importante liderança quilombola, e Teca Rendeira, símbolo da resistência artesanal, também fazem parte desse tributo. A lista inclui ainda figuras como Nise da Silveira, que revolucionou a medicina em saúde mental, e Selma Bandeira, militante pelos direitos das mulheres, além de Lily Lages, artista multifacetada, e Mestre Irinéia, cuja cerâmica simboliza a cultura popular.
Os trajes que exprimem essa homenagem foram criados pelos estilistas Wendel Seabra, Itallo Ehllers e Augusto Christoff, que transformaram as histórias dessas mulheres em tecidos, formas e texturas. O projeto contou com uma equipe de profissionais talentosos, sob a direção criativa de Livia Guimarães. A produção foi meticulosamente documentada por fotógrafos e profissionais de audiovisual, resultando em um material de grande relevância cultural.
Assim, a iniciativa de Marina Cândia se destaca como um poderoso exemplo de como a moda pode ser utilizada para valorizar e lembrar as contribuições das mulheres, afirmando sua presença e importância na sociedade alagoana e brasileira. Com isso, não apenas celebra-se o presente, mas também se constrói uma ponte com o passado, reverberando as vozes e legados de mulheres que moldaram a identidade cultural do estado.