Renan Filho ratifica prioridade para a Segurança e enfatiza o fim da impunidade e a integração das forças policiais como elementos principais para o sucesso na pasta
O trabalho integrado das forças de segurança pública do Estado devolveu a Alagoas um patamar de violência anterior ao ano de 2008. A redução no índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) foi de 18%, se comparada aos apurados de 2014 e 2015.
Durante a reunião da Mesa de Situação, nesta segunda-feira (4), o governador Renan Filho foi informado dos índices de violência, que seguem em queda, na contramão dos números registrados no restante do país, que só aumentam.
Os números dão conta de que aconteceu em Alagoas uma queda de homicídios na escala de 20,3%, salvando 417 vidas. Os dados, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Alfredo Gaspar de Mendonça, tiram Alagoas do pódio da violência no país.
“É um grande passo, pois demonstra que estamos fazendo o certo. Esta frente impacta muito, porque, como éramos o mais violento, devemos, obrigatoriamente, priorizar a segurança e promover a pacificação da sociedade. É muito importante que Alagoas e Maceió deixem os postos, respectivamente, de Estado e Capital mais violentos do Brasil”, citou o governador Renan Filho.
A receita para se alcançar este patamar, Renan Filho atribuiu a diversas iniciativas, como a integração do trabalho das forças de segurança pública, que contribuiu, diretamente para a redução da impunidade. Foram 15 mil inquéritos concluídos. Destes, 11.408 foram fechados com o apontamento de autoria – 76% ao todo.
Desde a campanha eleitoral, Renan Filho defende o fim da impunidade, pois ela estimula a violência. Como exemplo lembrou o caso de um roubo comum de veículo. “Quando não há punição, surge o estímulo. E, em Alagoas, conseguimos este ano a recuperação de 70,7% dos carros. É com base na conclusão dos inquéritos que conseguimos, por exemplo, dados expressivos na recuperação de veículos e motos e na elucidação de roubos a banco de toda natureza, que teve redução de 30%”, ressaltou.
Ainda entre os elementos que ajudaram Alagoas a sair da liderança do ranking da violência, o governador atribuiu, sobretudo, à mudança de postura na Segurança, aliada diretamente à presença dos policiais na rua.
Roubos a instituições financeiras caíram 27,6%. Os roubos a correspondentes bancários também regrediram: foram 49 ocorrências em 2014 e apenas 40 em 2015. No caso dos arrombamentos a banco com explosivo, em 2014 foram 32 ocorrências. Em 2015, apenas 11. Em se tratando de motos roubadas, em 2015, 52% delas foram recuperadas e três toneladas de narcóticos foram apreendidos.
Planos – Como estratégia integrada de ações auxiliares, o Governo de Alagoas vai aprimorar a participação de outras pastas no combate a violência e ao crime. Este ano, 13 escolas em tempo integral serão postas para funcionar, com a perspectiva de 30 em 2017 e 50 em quatro anos de governo. Esforço este para evitar a evasão escolar, visto que a primeira escola com este perfil em Alagoas – Escola Marco Antonio, no Benedito Bentes – teve evasão escolar zero. “O mesmo devemos fazer no atendimento de saúde e assistência social para evitar o cometimento de crimes por diversos motivos”, frisou Renan Filho.
Para 2016, o governador pretende ainda convocar a reserva técnica da Polícia Civil, construir seis Centros Integrados de Segurança Pública, erguer a Delegacia de Homicídios e de Narcóticos, em Maceió, além de reformar mais delegacias e lançar uma força-tarefa de segurança pública.
Como nova meta estabelecida, entre as já definidas para este ano, Renan Filho defende, sobretudo, a “reinvenção da segurança”. “Não podemos perder a empolgação e devemos ter o estímulo renovado para continuar trabalhando para reduzir ainda mais os números de violência. Está em nossas mãos a possibilidade de mudar realmente a segurança pública de Alagoas”, reforçou o governador, ao tempo em que anunciou a redução acentuada nas ocorrências de violência nos primeiros dias do ano novo.
Em janeiro de 2015, 208 homicídios foram registrados em Alagoas. Do dia 1º até o dia 4, 18 ocorrências fatais entraram na estatística. Este ano, no mesmo período, apenas três homicídios foram identificados.
Agência Alagoas