A vereadora Paolla Miguel (PT), que destinou verbas via emendas parlamentares no valor de R$ 10.690 para a realização da festa, foi alvo de uma representação na Câmara de Campinas movida pelo vereador Nelson Hossri (PSD). Hossri acusou a parlamentar de ter apoiado uma “balbúrdia” incompatível com a dignidade de uma vereadora, o que poderia resultar em sua cassação.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram performances controversas durante a festa, incluindo simulação de sexo oral entre bailarinos no palco e letras de músicas com conteúdo explícito. Paolla Miguel afirmou que não tinha conhecimento do conteúdo do evento e que se soubesse, teria sugerido que não fosse realizado em espaço público.
Além da representação na Câmara, a vereadora também é alvo de uma ação no Ministério Público de São Paulo movida pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), que pede a devolução de recursos utilizados de maneira indecorosa. O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), aliado do governador Tarcísio de Freitas, foi criticado por liberar verbas sem verificar sua destinação.
Em resposta às críticas, a prefeitura de Campinas publicou uma portaria alterando regras para a classificação indicativa de eventos culturais na cidade, tornando essa sinalização obrigatória e responsabilidade dos organizadores. A Bicuda, responsável pela festa, afirmou que interrompeu a apresentação considerada inadequada e que está em contato com a Secretaria de Cultura para definir a classificação etária de seus eventos.
