Segundo o relato de Bruna, o crime ocorreu no fim de janeiro, após um bloco de pré-carnaval. Almeida ofereceu uma carona à colega, mas desviou o caminho para sua casa, alegando que precisava tomar banho. A advogada confiou no advogado por terem uma relação amigável, o que a fez não estranhar a mudança de trajeto.
No entanto, ao chegarem à casa de Almeida, o comportamento do advogado mudou completamente, e ele passou a agredir Bruna, chegando ao estupro, de acordo com o relato da vítima. A advogada afirmou ter pedido diversas vezes para ele parar, sem sucesso.
O inquérito aberto no Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV) da Secretaria de Segurança Pública do estado corroborou o relato da vítima e resultou no indiciamento de Almeida. A defesa do advogado contesta as acusações e alega encontrou contradições no depoimento de Bruna.
Bruna Hollanda, por sua vez, denunciou o caso e renunciou ao cargo de conselheira da OAB-SE, alegando falta de apoio da entidade, especialmente por parte do presidente Danniel Alves Costa, a quem acusa de agir com parcialidade devido à amizade íntima com Almeida.
A Ordem dos Advogados de Sergipe, em nota, declarou que o presidente e a vice-presidente se declararam suspeitos devido à relação com os envolvidos e que o processo foi conduzido de forma imparcial pelo secretário-geral da seccional. Almeida foi afastado do cargo de conselheiro e a OAB-SE proporcionou todo o acolhimento à vítima.
A entidade afirmou compreender e se solidarizar com a dor de Bruna Hollanda, destacando que nada que a Ordem faça será capaz de cicatrizar o trauma vivenciado pela advogada. A investigação continua em andamento para esclarecer os fatos e garantir a justiça no caso.