Cigarros eletrônicos, ainda mais perigosos do que se pensa, alerta médico pneumologista

Os cigarros eletrônicos, que são comercializados com a promessa de não fazerem mal à saúde, na verdade são ainda mais perigosos do que os cigarros convencionais. Essa é a opinião do médico pneumologista Luiz Cláudio Bastos, que atua no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Segundo o especialista, esses dispositivos iludem os menores de idade, que podem se viciar em nicotina e expor os outros ao fumo tóxico.

Contrariando a crença de que os cigarros eletrônicos são menos danosos ou que podem ajudar a eliminar o hábito de fumar cigarros convencionais, o médico pontua que eles também contêm nicotina e aditivos prejudiciais à saúde. A melhor alternativa, de acordo com Bastos, é eliminá-los completamente de nossas vidas, assim como qualquer outra droga.

Além disso, os cigarros eletrônicos também emitem fumaça contendo nicotina, que pode ser inalada por qualquer pessoa que esteja no mesmo ambiente, como pais, mães, filhos e amigos. Nos casos das gestantes, a exposição a esse tipo de fumo passivo pode causar malformações neurológicas no feto.

O óleo utilizado nos cigarros eletrônicos também pode ser prejudicial à saúde dos pulmões. Ele contém diversas substâncias, como propilenoglicol, glicerina vegetal, dietilenoglicol, acroleína, benzeno, diacetil, metais pesados, acetaldeído e formaldeído. Algumas dessas substâncias, quando queimadas, podem liberar substâncias cancerígenas, como o formaldeído, que é liberado pelo propilenoglicol em até 10 vezes a quantidade presente nos cigarros convencionais.

Esses dispositivos também contêm metais pesados, como níquel, chumbo, estanho e cádmio, que podem causar danos aos pulmões e problemas respiratórios, como enfisema pulmonar ou DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). Esses metais pesados também têm o potencial de afetar outros órgãos, incluindo o cérebro e os rins.

No entanto, apesar de ser proibida a venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil, um grande número de jovens brasileiros utiliza esse produto. A proibição foi determinada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) número 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto, não há autorização no país para a comercialização de dispositivos eletrônicos para fumar, independentemente de sua composição.

Em resumo, os cigarros eletrônicos são uma ameaça à saúde pública, especialmente para os jovens, que podem se tornar dependentes da nicotina e expor os outros a substâncias prejudiciais. É fundamental conscientizar a população sobre os perigos dessa prática e reforçar a proibição da venda desses dispositivos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo