A CPI da Braskem tem como objetivo investigar a responsabilidade socioambiental da empresa diante dos danos ambientais provocados pela exploração do mineral sal-gema. O presidente da comissão, senador Omar Aziz, ressaltou a importância de se obter justiça diante de uma situação que não foi ocasionada naturalmente, mas sim por ações humanas. Aziz declarou que a investigação será aprofundada para garantir que a empresa responsável seja devidamente responsabilizada e as vítimas, reparadas de forma justa.
Durante a sessão da CPI, Alexandre Sampaio solicitou a anulação dos acordos firmados com a Braskem com base nos relatórios das empresas Tetra Tech e Diagonal, alegando que estes não consideraram o número real de vítimas afetadas. Segundo ele, é necessário um novo mapeamento dos danos causados, realizado por uma entidade independente, para que as vítimas recebam a devida reparação.
Cássio de Araújo Silva também fez questão de destacar o prejuízo causado à população local, citando a perda de estabelecimentos como açougues, escolas e postos de saúde. Ele questionou a transferência de propriedade do território afundado para a Braskem e a limitação da responsabilidade da empresa apenas à questão geológica, ignorando outros impactos do afundamento do solo na região.
Por conta de questões de agenda, a reunião da CPI da Braskem foi suspensa por uma hora, pois o relator, senador Rogério Carvalho, precisou se ausentar para participar de uma outra reunião no Senado. A expectativa é que a comissão continue a investigar os responsáveis pelos danos ambientais e buscar soluções para as vítimas afetadas pelo desastre em Maceió. Mais informações sobre o desenrolar da CPI serão divulgadas em breve.
