O panorama é preocupante, uma vez que o estado apresenta uma forte tendência de alta da doença, com números acima da média histórica. Além disso, o boletim aponta que oito das nove regiões do estado apresentam números de vítimas acima da média, com destaque para as cidades de Resende, Itatiaia e Rio das Ostras, que aparecem com alta acima do esperado.
Diante desse cenário, o governador Cláudio Castro e a secretária de Estado de Saúde (SES), Claudia Mello, apresentaram o Plano Estadual de Combate à Dengue, que prevê ações diárias de enfrentamento à doença envolvendo uso de tecnologia, qualificação e apoio aos 92 municípios do estado.
As iniciativas do governo incluem a montagem de 80 salas de hidratação, com capacidade para atender até oito mil pacientes por dia, e a conversão de 160 leitos de nove hospitais para tratamento da doença, similar ao que foi feito durante a pandemia da covid-19. Além disso, está previsto o treinamento de dois mil médicos de emergências e profissionais de saúde dos 92 municípios, visando garantir o diagnóstico mais preciso e o tratamento correto, assim como a capacitação no atendimento às gestantes infectadas.
A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância do monitoramento diário da incidência de casos de dengue em todas as cidades do estado, realizado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS), para direcionar as ações necessárias para conter o avanço da doença.
Dentre as medidas para combater a dengue, está a vacinação. Segundo informações do Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue será disponibilizada à população a partir de fevereiro, com foco nos municípios de grande porte com alta transmissão do vírus nos últimos dez anos, e público-alvo formado por crianças e jovens de 10 a 14 anos.
Além das ações do governo, também foi registrado um aumento de casos da doença em pacientes atendidos em hospitais da rede privada no estado do Rio de Janeiro. Os hospitais da Rede D’Or no estado registraram um aumento médio de 778% no número de pacientes diagnosticados com dengue em comparação com o primeiro mês de 2023.
Diante desse cenário, o diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or, David Uip, alertou para a importância de a população estar atenta aos principais sintomas da doença e adotar medidas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Em resumo, a situação da dengue no estado do Rio de Janeiro é alarmante, e a mobilização de autoridades e da população é crucial para combater a doença e evitar um aumento contínuo no número de casos nos próximos meses. As ações propostas pelo governo e a conscientização da população são fundamentais para enfrentar esse desafio.
