Ao longo de 2024, o Brasil registrou impressionantes 6.437.241 casos prováveis de dengue em todo o território nacional, resultando numa taxa de letalidade de 0,08%. O coeficiente da doença é igualmente preocupante, com 3.170,1 casos para cada 100 mil habitantes. Esses números mostram que a dengue continua sendo um desafio enorme para o sistema de saúde público, que se vê pressionado a lidar com essa epidemia em diversas frentes.
Analisando a faixa etária mais impactada, a maioria dos casos foi identificada entre pessoas de 20 a 29 anos, seguidas por aquelas de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, e 50 a 59 anos, respectivamente. Os grupos etários menos atingidos incluem bebês com menos de 1 ano, idosos com 80 anos ou mais, e crianças de 1 a 4 anos. Este panorama demográfico sugere que jovens adultos e adultos de meia-idade são os mais vulneráveis, possivelmente devido a uma maior exposição a ambientes onde o mosquito é predominante.
Em termos geográficos, São Paulo é o estado que lidera o número de casos absolutos de dengue, com 2.062.418 registros somente em 2024. Minas Gerais vem a seguir com 1.696.518 casos, seguido por Paraná com 643.700, e Santa Catarina com 363.117 casos reportados. Mesmo assim, quando analisamos o coeficiente de incidência da doença, que leva em consideração a população do estado, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com alarmantes 9.739,1 casos por 100 mil habitantes. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina seguem com coeficientes de 8.260,1, 5.625,2, e 4.771,8 casos por 100 mil habitantes, respectivamente.
Este cenário crítico reflete a necessidade imperiosa de reforçar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o Brasil. Iniciativas como campanhas de conscientização, mutirões de limpeza e ações coordenadas entre governos municipais, estaduais e federal são essenciais para reverter essa situação e salvar vidas. A luta contra a dengue exige um esforço conjunto e contínuo de toda a sociedade.