Um projeto inovador desenvolvido pela Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem mudado a vida das gestantes e puérperas do Presídio Santa Luzia. Com encontros mensais, as internas da unidade participam de palestras e debates sobre o período de gestação e da primeira Infância. Atualmente, três gestantes e quatro lactantes cumprem pena no local.
Sinais e sintomas do trabalho de parto, higiene e cuidados com o recém-nascido, como fazer a limpeza do coto umbilical e aleitamento materno, são alguns assuntos abordados nos encontros. A enfermeira da Seris, Bárbara Gomes, ressalta a preocupação da gestão em garantir uma assistência humanizada para todas as gestantes, puérperas e récem-nascidos no presídio.
“Contamos com berçário, atendimento médico e psicológico especializado, medicamentos e alimentações saudáveis. Toda equipe está empenhada em garantir a assistência necessária e promover o bem-estar, tanto das internas como dos bebês. Nos encontros propomos um tema que é debatido com a participação ativa das reeducandas, inclusive com experiências pessoais”.
O projeto foi idealizado pelo estagiário de enfermagem da Seris, Joabson Santos. O acadêmico enaltece o aprendizado ofertado pela pasta. “As reeducandas aceitaram muito bem o nosso projeto Roda de Conversa. Nos encontros que promovemos, elas têm dado o retorno necessário para fomentar a iniciativa. A Seris tem um campo muito rico de aprendizado”, afirma.
Cuidado especial
Para suprir as necessidades básicas dos bebês e garantir seu pleno desenvolvimento, a Seris oferta a assistência para o pré-natal de baixo risco e, nos casos de alto risco, as gestantes têm assistência externa. Além disso, há o acompanhamento nutricional e psicológico que garantem o pleno desenvolvimento na primeira infância.
“Algumas reeducandas já chegam na unidade grávidas. Mas, mesmo com aquelas que não apresentam sinal algum de gestação, realizamos um teste de gravidez no procedimento da porta de entrada no sistema prisional. Quando a gestação é constatada, o pré-natal é iniciado de pronto”, conclui a enfermeira.
Ascom – 26/01/2018