Presidente da CNI critica decisão do Copom de cortar Selic em apenas 0,50 ponto: “Maior agressividade é necessária”

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, demonstrou forte descontentamento com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter o ritmo de redução da taxa de juros Selic em apenas 0,50 ponto porcentual. Segundo Alban, a atitude é “excessivamente conservadora e injustificável” diante do atual contexto econômico do país. O Banco Central anunciou há pouco o corte da taxa Selic de 11,75% para 11,25% ao ano, o que não foi suficiente para satisfazer o líder da indústria.

Em nota divulgada pela CNI, Alban ressalta a necessidade de uma postura mais agressiva por parte do Copom, visando a redução significativa do custo financeiro suportado por empresas e consumidores. Para o presidente da CNI, a falta de uma mudança urgente de postura continuará penalizando a economia brasileira, resultando em menos emprego e renda para a população. A avaliação da indústria é de que a inflação continua com comportamento favorável, com expectativas positivas. A entidade destaca ainda que o câmbio é outro elemento que contribui para o cenário de inflação sob controle.

Além disso, a CNI aponta que, mesmo com as quatro reduções da Selic realizadas desde agosto de 2023, a taxa de juros real ainda está em 7,65% ao ano, o que representa 3,15 pontos porcentuais acima da taxa de juros neutra, aquela que não estimula nem desestimula a atividade econômica. Diante desses números, a insatisfação da indústria fica evidente, demonstrando a preocupação do setor com a falta de medidas mais enérgicas por parte do Copom.

A declaração de Alban reflete o sentimento de parte do setor produtivo brasileiro, que almeja uma maior atenção das autoridades monetárias para impulsionar a recuperação econômica do país. Resta agora aguardar as próximas movimentações do Banco Central, diante das pressões vindas de diferentes setores da economia. Enquanto isso, a indústria continua buscando alternativas para enfrentar os desafios impostos pelo cenário econômico atual.

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