Preço do ar-condicionado dispara 4,22% em novembro, maior alta desde o Plano Real, de acordo com IBGE.

O preço do ar-condicionado deu um salto em meio à onda de calor que assola o país. Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados pelo IBGE nesta terça-feira mostram que apenas em novembro os preços desses aparelhos subiram 4,22%, enquanto o índice geral variou 0,28% no mês.

A alta para o item ar-condicionado é a maior para meses de novembro desde o plano Real, em 1994, alcançando 5,26%. O custo médio de um aparelho está três vezes acima da inflação em 2023, refletindo um aumento de 13,97% no acumulado do ano até novembro, muito acima do índice geral de preços, que variou 4,04% no mesmo período.

A onda de calor fez a procura por instalação e manutenção de ar-condicionado crescer até 500%, causando um impacto significativo no mercado. De acordo com especialistas, a combinação da alta demanda com a oferta prejudicada devido às dificuldades de transporte, causadas pela seca na Amazônia, contribuem para a escassez de produtos nas lojas.

A demanda elevada por conta das altas temperaturas também causou um aumento nas vendas de ares-condicionados, que cresceram 38% no segundo semestre, até o fim de outubro, em comparação com o mesmo período de 2022. As vendas apenas de aparelhos do tipo split tiveram um crescimento de 16% no primeiro semestre, atingindo 1,483 milhões de unidades, e a expectativa é que as vendas totais de ares-condicionados cheguem a 4 milhões de aparelhos neste ano.

Porém, apesar da demanda aquecida, os problemas logísticos na Amazônia continuam a prejudicar a oferta, causando um atraso na obtenção de insumos e no escoamento de produtos acabados. A logística na região ainda é fortemente dependente dos rios para receber insumos e transportar os produtos acabados, o que pode resultar em uma oferta escassa de ar-condicionados nas lojas.

Essa matérias são internacionais, mas os impactos da mudança do clima, da demanda e oferta do mercado consumidor. Um dos desdobramentos causados pela onda de calor foi o crescimento exponencial na procura por aparelhos de ar-condicionado, em especial pelos modelos portáteis, inverters e de janela, que são mais econômicos. No entanto, a falta de oferta desses equipamentos nas lojas está gerando preocupação nos consumidores, que buscam por alternativas para driblar o calor.

A seca na Amazônia tem dificultado a logística de obtenção do produto, e a demanda cada vez maior, impulsionada pelas altas temperaturas, não está sendo atendida pela oferta, resultando em um risco crescente de esgotamento dos estoques nas lojas. Além disso, o aumento das vendas de aparelhos de ar-condicionado também está prejudicando a produção e venda de alimentos, elevando os preços de hortaliças e legumes.

Espera-se que com o término do período de seca na Amazônia, os problemas logísticos sejam amenizados e a oferta desses aparelhos possa ser regularizada, atendendo assim a crescente demanda dos consumidores em busca de alívio para o calor excessivo.

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