Jerry Seinfeld, conhecido por suas posições pró-Israel, é judeu e tem se manifestado a favor do país desde o início do conflito, que já dura sete meses. O protesto durante o discurso do ator na cerimônia de formatura da universidade causou um momento de constrangimento, com gritos de “Palestina livre” ecoando entre os formandos e o público presente.
Apesar da interrupção, Seinfeld tentou manter a compostura e iniciou seu discurso agradecendo pelo dia ensolarado. O ator não fez menção ao protesto e optou por falar sobre sua infância como menino judeu em Nova York e o privilégio de ter frequentado uma instituição de alto padrão como a Universidade Duke.
Durante o evento, um grupo de manifestantes do lado de fora do estádio onde ocorria a cerimônia manifestou-se em defesa do corte de investimentos da universidade em empresas ligadas a Israel e que lucram com a guerra em Gaza. O porta-voz de Duke, Frank Tramble, destacou a importância do respeito às diferentes opiniões e o direito à expressão pacífica.
Os protestos contra a guerra se espalharam por diversos campi nos EUA, levando a confrontos internos nas instituições e com as forças de segurança. Mais de duas mil pessoas foram presas desde o mês passado, com acusações de elementos antissemitas nos protestos. No entanto, os organizadores e apoiadores afirmam que as manifestações visam um cessar-fogo e o desinvestimento em empresas israelenses, e negam as acusações de antissemitismo.
Diante desse cenário de tensão e divisão, o episódio ocorrido na Universidade Duke com Jerry Seinfeld evidenciou a complexidade das questões políticas e sociais envolvidas no conflito em Gaza, com repercussões que ultrapassam as fronteiras acadêmicas e alcançam dimensões geopolíticas.