Essa medida vem após a Polícia Federal (PF) deflagrar uma operação que está investigando um suposto esquema de produção de informações clandestinas dentro da Abin durante a gestão do então diretor e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ). Nesse contexto, um dos alvos da investigação é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente Lula deixou claro, anteriormente em uma entrevista, que caso fosse comprovado o envolvimento de Moretti no monitoramento ilegal feito no governo passado, não haveria condições de ele permanecer na instituição. Esse posicionamento mostra a firmeza do presidente em promover a transparência e a lisura nas atividades realizadas dentro da Abin.
Moretti, que estava na Abin desde março de 2023, continuou no órgão devido à relação de confiança que possuía com o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, nomeado por Lula. Com a saída de Moretti, Marco Aurélio Chaves Cepik assume o segundo maior posto do órgão. Cepik é professor universitário e ocupava o cargo de diretor da Escola de Inteligência da Abin. Essa mudança na liderança da agência tem o potencial de trazer novas diretrizes e estratégias para o órgão.
É importante mencionar também o histórico profissional de Moretti, que ocupou cargos importantes na Polícia Federal e em órgãos de segurança pública. Sua trajetória de atuação em áreas sensíveis e estratégicas ressalta a relevância da sua exoneração, visto que a integridade e a legalidade das atividades realizadas na Abin são de extrema importância.
Em suma, a exoneração de Alessandro Moretti e a nomeação de Marco Aurélio Chaves Cepik representam um marco significativo na gestão da Agência Brasileira de Inteligência, reforçando o compromisso do Presidente Lula com a transparência e a ética nas instituições do governo. Essa ação é um reflexo do esforço em promover uma administração pública íntegra e comprometida com o interesse coletivo.