O chanceler ainda ressaltou que o Brasil não aceita um mundo onde as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar e rejeita a busca de hegemonias, antigas ou novas. Também criticou o volume de gastos militares em detrimento dos investimentos em desenvolvimento social e meio ambiente, ressaltando que os gastos militares anuais ultrapassam US$ 2 trilhões, enquanto os programas de ajuda ao desenvolvimento e combate a mudanças climáticas representam uma porcentagem mínima desses valores.
Durante o discurso de abertura, Mauro Vieira deixou claro que o Brasil pretende priorizar questões sociais durante a presidência do G20 até 2024, incluindo o combate à fome no mundo. O chanceler fez um apelo aos presentes para que prestassem especial atenção e apoiassem as discussões em curso com o objetivo de lançar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma prioridade-chave da presidência do Brasil no G20.
“Meu país gostaria de contar com o apoio de todos os membros, países convidados e organizações internacionais para que, na Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, em novembro próximo, as vinte maiores economias do mundo possam anunciar uma contribuição efetiva para erradicar a fome no mundo”, disse o ministro.
A reunião marca um momento importante para as relações diplomáticas internacionais e mostra a preocupação do Brasil em lidar com questões globais como a fome, os gastos militares e a paralisia de instituições multilaterais. A presença de representantes de diversas nações e organizações internacionais reforça a importância do evento e sinaliza a busca por soluções conjuntas para desafios globais.