POLÍTICA – Chanceler brasileiro critica paralisia do Conselho de Segurança da ONU em discurso na reunião do G20 no Rio de Janeiro.



A Marina da Glória, no Rio de Janeiro, foi palco da primeira reunião de ministros das relações exteriores do G20, que teve início há pouco. O chanceler Mauro Vieira fez um discurso inaugural onde ressaltou a inaceitável paralisia do Conselho de Segurança da ONU frente ao crescente número de conflitos no mundo, que ele estimou em mais de 170. Vieira destacou que as instituições multilaterais não estão preparadas para lidar com os desafios atuais, o que se reflete na inaceitável paralisia do Conselho de Segurança diante dos conflitos em curso.

O chanceler ainda ressaltou que o Brasil não aceita um mundo onde as diferenças são resolvidas pelo uso da força militar e rejeita a busca de hegemonias, antigas ou novas. Também criticou o volume de gastos militares em detrimento dos investimentos em desenvolvimento social e meio ambiente, ressaltando que os gastos militares anuais ultrapassam US$ 2 trilhões, enquanto os programas de ajuda ao desenvolvimento e combate a mudanças climáticas representam uma porcentagem mínima desses valores.

Durante o discurso de abertura, Mauro Vieira deixou claro que o Brasil pretende priorizar questões sociais durante a presidência do G20 até 2024, incluindo o combate à fome no mundo. O chanceler fez um apelo aos presentes para que prestassem especial atenção e apoiassem as discussões em curso com o objetivo de lançar uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma prioridade-chave da presidência do Brasil no G20.

“Meu país gostaria de contar com o apoio de todos os membros, países convidados e organizações internacionais para que, na Cúpula de Líderes do Rio de Janeiro, em novembro próximo, as vinte maiores economias do mundo possam anunciar uma contribuição efetiva para erradicar a fome no mundo”, disse o ministro.

A reunião marca um momento importante para as relações diplomáticas internacionais e mostra a preocupação do Brasil em lidar com questões globais como a fome, os gastos militares e a paralisia de instituições multilaterais. A presença de representantes de diversas nações e organizações internacionais reforça a importância do evento e sinaliza a busca por soluções conjuntas para desafios globais.

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