Uma das principais diretrizes do Ministério da Saúde brasileiro neste encontro é fortalecer a abordagem “Uma Só Saúde”. Essa abordagem busca promover a colaboração de diferentes setores para desenvolver soluções integradas para desafios globais, como pandemias, resistência antimicrobiana, mudanças climáticas e perda de biodiversidade. Reconhecendo a interconexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental, a implementação dessa abordagem envolve desde medidas de prevenção de doenças zoonóticas até a promoção de segurança alimentar e proteção do meio ambiente.
Durante o pronunciamento de abertura dos trabalhos do segundo dia da reunião ministerial, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ressaltou a importância da saúde ambiental em uma perspectiva ampla. A implementação da abordagem “Uma Só Saúde” promove a cooperação em todos os níveis, do local ao global, para enfrentar desafios emergentes e reemergentes que impactam a qualidade de vida das populações.
Com base nessa abordagem, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) formaram uma aliança quadripartite e desenvolveram o Plano de Ação Conjunto para Uma Só Saúde (2022–2026). O objetivo é trabalhar de forma coordenada para melhorar o acesso a vacinas, medicamentos e diagnósticos, com foco nas doenças que afetam populações vulneráveis e fortalecer as capacidades nacionais e regionais.
Nísia Trindade também destacou a importância de criar um ambiente favorável à inovação, à pesquisa e à resiliência diante dos desafios enfrentados. As discussões em torno da abordagem “Uma Só Saúde” continuam sendo um ponto central nas pautas do G20, visando aprimorar a cooperação global e promover soluções integradas para os desafios em saúde pública.