Kelman Vieira cumpre durante esta semana a agenda normal da prefeitura, como prefeito interino. Ele assumiu na sexta-feira, 11 e fica no cargo até o próximo dia 20.
A interinidade é, como disse o próprio prefeito Rui Palmeira, um gesto de valorização e reconhecimento da Câmara Municipal, nos 200 anos de Maceió.
Ainda assim, o fato de Kelman assumir a prefeitura tem gerado muitas especulações políticas. Afinal, o presidente da Câmara de Vereadores não esconde de ninguém que quer a vaga que hoje é do vice-prefeito Marcelo Palmeira.
Filiado ao PMDB, Kelman depende não só de sua vontade, mas também da decisão que será tomada, mais a frente pelo senador Renan Calheiros e pelo governador Renan Filho. Os dois caciques do PMDB alagoano ainda não fecharam as portas para Rui Palmeira, mas sinalizam que vão apoiar outro nome na disputa em Maceió em 2016.
Além disso, Kelman também depende de uma improvável desistência de Marcelo Palmeira em disputar a reeleição ao lado de Rui Palmeira. Os dois tem trabalhado bem a quatro mãos e o PP, partido do vice, tem sido importante aliado do prefeito.
Mesmo sabendo que a interinidade de Kelman iria gerar ‘bochichos’, Marcelo Palmeira reagiu com tranquilidade ao ser consultado por Rui Palmeira sobre a questão. Ele já assumiu a prefeitura por quatro vezes e disse ao prefeito que não via problemas em ‘ceder’ desta vez para o presidente da Câmara.
Aos mais próximos, o vice tem demonstrado confiança. E se não houver nenhum fato novo ele segue firme como vice de Rui Palmeira nas eleições de 2016.
Pai da criança
Essa história ouvi de um dirigente do PMDB de Alagoas bem informado: “tornar Kelman prefeito durante esse período foi uma ideia que nasceu de uma conversa entre o secretário de Saúde de Maceió, José Thomaz Nonô e do vereador Antonio Holanda (PMDB). Os dois acreditam que esse gesto não só aproxima a gestão de Rui Palmeira da Câmara de Vereadores, mas também fortalece os laços com o Palácio dos Palmares”.
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