Araújo destacou que a direção do presídio requer o envio dos documentos pessoais com pelo menos 15 dias de antecedência para que o professor pudesse entrar nas instalações. Além disso, ele relatou que os presos só tinham acesso ao material impresso, com páginas unidas por cola branca, e que as canetas disponíveis tinham apenas o tubinho de tinta com a ponta, sem o corpo de plástico.
O professor também descreveu o processo de aulas na penitenciária, onde os presos ficavam de um lado das grades enquanto ele ficava do outro, sempre acompanhado de um agente penitenciário. No entanto, Araújo destacou que a saída dos presos da penitenciária era praticamente impossível devido aos rigorosos critérios de segurança adotados.
O professor criticou a hipótese de fuga dos presos através de um buraco na parede, pois considerou que seria muito difícil alguém escapar da penitenciária devido aos altos critérios de segurança. Ele afirmou que acredita mais na hipótese de que os fugitivos receberam ajuda.
As buscas pelos fugitivos entraram no quinto dia e contam com cerca de 500 agentes trabalhando na recaptura, bem como três helicópteros, drones e detectores de calor. O presidente e o ministro da Justiça e Segurança Pública comentaram o ocorrido e afirmaram que é necessário o fim das investigações para que se possa falar em qualquer tipo de conivência de agentes do presídio.
Araújo lamentou o episódio e destacou a seriedade das pessoas que trabalharam com ele na penitenciária, concluindo que a fuga foi inaceitável, considerando os altos padrões de segurança do presídio. A fuga de dois detentos de um presídio federal de segurança máxima é inédita e os fugitivos são considerados de alta periculosidade.