As imagens de satélite do Programa Brasil M.A.I.S. (Meio Ambiente Integrado e Seguro), coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, revelaram que garimpeiros e grileiros estavam cometendo crimes em terras da região, como a devastação de áreas de proteção ambiental, desmatamento e posse ilegal de terras públicas.
De acordo com os primeiros levantamentos periciais da Polícia Federal, os danos ambientais causados pela atividade minerária totalizam cerca de R$ 46 milhões, enquanto o desmatamento ilegal financiado pela mineração alcança aproximadamente R$ 300 milhões.
As investigações revelaram que os grileiros, ao se apropriarem de terras públicas, se associaram aos garimpeiros para explorar a área, cobrando uma porcentagem do minério extraído. Essa associação criminosa resultou no desmatamento de áreas de floresta e degradação de igarapés intocados, onde os criminosos instalavam os equipamentos de mineração.
Através do monitoramento georreferenciado e do sistema de alertas de desmatamento e mineração ilegal, os agentes federais conseguiram identificar 24 novos focos de mineração ilegal, totalizando 260 hectares de áreas recém-abertas, sendo 95 hectares dentro do Parque do Juruena.
Durante a operação, os agentes das três instituições destruíram e inutilizaram todos os equipamentos de extração de minérios instalados nas lavras ilegais, incluindo escavadeiras hidráulicas, dragas e acampamentos. O presidente da Cooperativa de Mineração de Nova Bandeirantes (Cooperrios), responsável pela operação ilegal de garimpo na região, foi preso.
A Polícia Federal estima que os infratores tenham sofrido um prejuízo imediato de mais de R$ 4 milhões. As investigações e ações contra os crimes ambientais continuarão, com foco na identificação dos líderes e outros membros da associação criminosa, além da completa descapitalização do grupo. Novos procedimentos serão adotados para cobrar a reparação dos danos causados à sociedade e ao meio ambiente.