Jovem juiz: estudantes de escolas públicas aprendem como funciona o Tribunal do Júri

“É uma tarefa difícil estimular os jovens, fazer com que eles leiam e escrevam. Mas ao ouvir os depoimentos dos alunos que participam de atividades como esta todos acabam se sentindo mais motivados, interessados em aprender. Quando falamos que é uma ação da Esmal, eles se empenham mais, fazem questão de participar, e nós achamos ótimo”, relatou a professora da Escola Estadual Maria da Graças, Josefa Pereira, sobre a terceira participação dos estudantes da instituição no projeto “Jovem Juiz”, na tarde desta terça-feira (25), durante julgamento presidido pelo juiz John Silas, no Fórum da Capital, no Barro Duro.

Inspirado em um trabalho realizado pelo Poder Legislativo Federal, o projeto é uma iniciativa do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE), eixo de atividades sociais da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal). No projeto, estudantes conhecem a rotina de um magistrado, acompanhando-o e aprendendo na prática sobre as funções do promotor de justiça, do defensor público ou do advogado, e do corpo de jurados em um julgamento no Tribunal do Júri.

Graziely Fernandes da Silva, de 17 anos, revelou que esta é uma oportunidade muito interessante, já que ela deseja cursar Direito. “Estou achando muito legal, é um incentivo incrível e faz com que a gente se estude mais, busque aproveitar as chances de aprender”, afirmou a jovem

Para o juiz John Silas, a proposta é importante e uma forma de aproximar o Poder Judiciário do jovens e fazer um trabalho eficaz de conscientização. “Eles estão presenciando, na prática, como vários profissionais atuam. Além disso, estão vendo quais são as consequências para quem escolhe caminhos errados, acaba se envolvendo com o mundo das drogas e comete crimes”, disse.

“Se eles almejam estar aqui um dia, é preciso estudar e ler bastante. Não apenas livros da área de Direito, tem que ler sobre tudo. Entender de História, Geografia e tantas outras matérias que ajudam na construção de uma base cultural e social, e vai ajudar muito quando eles entrarem na faculdade”, completou o magistrado.

De acordo com a servidora do PCJE, Maria da Conceição Mota Marques, a chance de conhecer de perto um julgamento, tendo o auxílio de um magistrado, é concedida aos alunos que se destacam em atividades propostas pelo PCJE para serem realizadas em sala de aula. “Apresentamos para eles um conflito hipotético e quem apresentar a melhor resolução, através da mediação, é selecionado”, explicou.

“Além de incentivar a leitura e a escrita, ao longo do processo seletivo, também queremos oferecer um momento para eles exercerem a cidadania, participarem efetivamente”, finalizou Maria da Conceição Marques.

Ascom – 26/09/2018

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo