Com a presença de cerca de 300 pessoas da sociedade civil e autoridades, o evento terá duração de dois dias e tem como objetivo debater temas sociais. Ao final das discussões, relatórios com propostas e demandas serão entregues aos chefes de Estado para um encontro de cúpula, também no Museu do Amanhã, na quinta-feira (7).
O jornal falou com representantes de movimentos sociais e ouviu deles que a integração entre os povos sul-americanos deve ser uma das prioridades da sociedade civil.
Para Paula Goes, que representa o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), é fundamental que a sociedade tenha voz na implementação de políticas e acordos, como o que está sendo negociado entre o Mercosul e a União Europeia. Ela destacou também a importância da participação popular nesses espaços, para que os tomadores de decisão escutem a sociedade civil.
Outra representante dos movimentos sociais, Aline Costa, da Coalizão Negra Por Direitos, enxerga na trajetória histórica dos países sul-americanos uma das razões para a articulação entre movimentos sociais internacionais. Costa destaca que a união de forças dá mais peso às demandas sociais e que a participação social é essencial para a integração dos povos da região e do sul global.
Já Judite Santos, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), ressaltou que a Cúpula Social tem a característica de unir movimentos com diversos interesses. Segundo ela, é um momento importante de participação, pois permite que os diversos movimentos sociais pautem suas demandas no diálogo com o governo para construir uma integração que venha da sociedade civil.
Dessa forma, a Cúpula Social do Mercosul, sediada no Museu do Amanhã, promete ser um marco para a integração e participação dos povos sul-americanos na construção de um futuro coletivo e representativo.