A deputada Any Ortiz, relatora do projeto na Câmara, expressou seu descontentamento com a atitude do governo, ressaltando que, no ano passado, durante a votação do tema no Congresso, a disponibilidade de debater a questão não foi demonstrada. Segundo Ortiz, a atitude do governo atual representa uma desconsideração pela decisão do Poder Legislativo, denotando falta de diálogo.
Por sua vez, o senador Ângelo Coronel, relator do texto no Senado, caracterizou a ação do governo como absurda, destacando que questionar uma lei aprovada no Congresso através de prerrogativas judiciais é uma tentativa danosa de beligerância em relação ao Legislativo.
A desoneração em questão impacta mais de 9 milhões de empregos em diversos setores econômicos. Entidades empresariais e sindicatos defendem a importância da medida para a geração e manutenção de empregos e renda.
Após a ação do governo junto ao STF, especialistas apontaram que a prorrogação da desoneração até 2027 é constitucional, tendo em vista sua vigência anterior e a relevância para setores produtivos. O embate entre os poderes Executivo e Legislativo em torno desse tema se intensifica, ressaltando a importância das decisões judiciais na condução da política econômica do país.