Evasão fiscal e pirataria causam prejuízo de R$ 410 bilhões no Brasil em 2020, aponta pesquisa.

No ano passado, o Brasil registrou um prejuízo de R$ 410 bilhões decorrentes da venda de produtos piratas, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Ipec e o Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP). Esse montante diz respeito às perdas sofridas por 14 setores da indústria, incluindo combustíveis, bebidas e moda, além da estimativa de impostos sonegados devido às falsificações.

O presidente do FNCP, Edson Vismona, destacou que a alta carga tributária sobre o consumo no Brasil tem influência direta no comportamento do consumidor, levando-o a optar por produtos ilegais, que não estão sujeitos aos mesmos impostos dos produtos originais, pois se tornam mais baratos. Vismona ressaltou a necessidade de um alerta sobre essa relação direta e imediata entre impostos e ilegalidade.

O Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) estimou uma evasão fiscal de até R$ 220 bilhões no setor varejista em 2020, com 22% desse valor decorrente de transações feitas por canais digitais. Para o IDV, até o final de 2023, o país poderá ter perdido R$ 77 bilhões em evasão devido ao aumento das vendas no varejo digital. O presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, defende a busca por isonomia tributária contra a concorrência desleal e ressalta a importância de investir em fiscalização.

Além disso, o primeiro trimestre do ano registrou um quase o dobro de apreensões de bebidas falsificadas. Diante desse cenário, é importante que os consumidores redobrem os cuidados na hora de comprar para evitar cair em golpes ou adquirir produtos ilegais.

A pesquisa do Ipec indicou que o setor de vestuário foi o mais impactado em 2020, com perdas de R$ 84 bilhões, seguido por bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões), cosméticos e higiene pessoal (R$ 21 bilhões), agrotóxicos (R$ 20,8 bilhões), TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões) e cigarros (R$ 10,5 bilhões).

Diante desses números alarmantes, é imperativo que medidas sejam tomadas para combater a produção e venda de produtos piratas, evitando assim prejuízos tanto para a indústria quanto para o governo, que deixa de arrecadar impostos. A conscientização dos consumidores também é fundamental para que busquem adquirir produtos originais e contribuam para o enfraquecimento do mercado de produtos ilegais. A fiscalização, tanto nas lojas físicas quanto no ambiente digital, também é essencial para coibir a prática de pirataria e evasão fiscal.

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