De acordo com os relatores Alberto Anderson Filho e Hermann Herschander, a prisão preventiva das jogadoras é justificada pela gravidade concreta da conduta e pela necessidade de evitar novos crimes. A defesa das atletas argumentou que elas estavam sendo injustamente constrangidas pelo juiz de Direito do Plantão Judiciário da Comarca de São Paulo e que a manutenção da detenção não tinha fundamentação idônea, já que o River se comprometeu a apresentá-las à Justiça brasileira quando solicitado.
A confusão que resultou na detenção das jogadoras ocorreu durante uma partida entre River Plate e Grêmio, pela Ladies Cup, torneio que encerrou a temporada 2024 do futebol feminino no Brasil. Após uma discussão no campo, as argentinas teriam proferido insultos racistas contra um gandula, o que gerou reações das jogadoras gremistas.
O River Plate, que teve seis jogadoras expulsas da partida, incluindo as quatro acusadas de injúria racial, se pronunciou nas redes sociais repudiando os gestos discriminatórios e prometendo tomar medidas disciplinares. O Grêmio foi declarado vencedor do jogo e avançou para a final, onde conquistou o título inédito ao vencer o Bahia nos pênaltis.
Diante da repercussão do caso, a defesa das jogadoras do River Plate continua buscando formas de reverter a prisão preventiva, enquanto as autoridades e os clubes envolvidos tentam lidar com as consequências desse episódio de injúria racial no futebol.