INTERNACIONAL –

Jornalistas do Pentágono agora precisam de aprovação prévia do governo para publicar reportagens, gerando críticas sobre a liberdade de imprensa nos EUA

Recentemente, um movimento controverso tomou forma no âmbito do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Todos os jornalistas que dignamente cobrem o Pentágono agora se veem obrigados a assinar um termo que impõe a submissão prévia de suas reportagens à aprovação de agentes do governo antes da publicação. Essa imposição, que poderia resultar na suspensão das credenciais dos profissionais caso não seja cumprida, gerou uma intensa onda de críticas por parte de diversas organizações de jornalistas, que interpretam essa ação como um claro ataque à liberdade de imprensa.

A nova regulamentação não apenas levanta preocupações sobre a autonomia da cobertura jornalística, mas também joga luz sobre a tensão histórica entre o governo e a mídia. O presidente do Clube Nacional de Imprensa, Mike Balsamo, expressou sua indignação, apontando que a medida compromete o papel vital do jornalismo independente, especialmente em uma área tão crucial como as Forças Armadas dos EUA. Para ele, é essencial que os repórteres possam investigar e reportar livremente, sem a necessidade de autorização governamental. Segundo Balsamo, a falta dessa liberdade significa que o público fica à mercê do que as autoridades desejam que ele veja, privando cidadãos de acesso a informações críticas que poderiam impactar decisões fundamentais sobre guerra e paz.

Do outro lado da discussão, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, defendeu a medida, enfatizando que a imprensa não deve ter controle sobre o Pentágono e que as regras devem ser seguidas pelos jornalistas que desejam atuar dentro das instalações. Afirmou que o poder reside no povo, não na mídia, e que aqueles que não concordam com os protocolos devem considerar outra profissão.

Além disso, a Fundação Liberdade para Imprensa destacou a gravidade dessa nova política, a classificando como uma violação significativa da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão e de imprensa. A organização ressalta que não é aceitável que o governo cerceie a divulgação de informações que deveriam ser acessíveis ao público sob o pretexto de sigilo.

Essas restrições não são um fenômeno isolado, mas se somam a uma série de medidas adotadas pela administração Trump, que já havia limitado o acesso dos jornalistas em diversas ocasiões. Recentemente, o presidente também ameaçou cancelar licenças de veículos que emitissem críticas ao governo, demonstrando uma prática crescente de hostilidade em relação à liberdade de imprensa. O cenário atual evidencia um embate fundamental entre os idealizadores do direito à informação e um governo que parece disposto a colocar obstáculos significativos na busca pela verdade.

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