Em uma entrevista semanal, Zakharova reiterou seu pedido de investigação sobre as ações de Bach. O motivo da polêmica foi uma conversa do presidente do COI com comediantes russos, onde Bach teria solicitado à Ucrânia informações sobre atletas e dirigentes russos para garantir que nenhum atleta que demonstrasse apoio ao governo pudesse participar dos Jogos Olímpicos de Paris deste ano.
Para Zakharova, essa atitude representaria uma “conspiração” entre o COI e a Ucrânia para excluir atletas russos fortes da competição. Ela ressaltou a necessidade de uma investigação detalhada sobre o caso, afirmando que pessoas como Thomas Bach estariam prejudicando a imagem do esporte mundial.
As tensões entre a Rússia e o COI aumentaram nos últimos meses, com os atletas russos e bielorrussos competindo de forma neutra nos Jogos Olímpicos de Paris, sem suas bandeiras e hinos. Esta decisão foi tomada após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Além disso, Bach teria manifestado apoio à limitação da participação africana nos Jogos da Amizade que a Rússia planeja sediar, o que gerou mais críticas por parte da Rússia. O COI afirmou que eventos esportivos com motivação política violam os princípios da Carta Olímpica e não deveriam ser apoiados pelos países.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também condenou a postura de Bach em relação aos eventos esportivos internacionais planejados pela Rússia, afirmando que o COI estaria prejudicando o movimento olímpico ao se envolver em questões políticas.
Diante desse cenário de tensão entre a Rússia e o COI, a comunidade esportiva internacional aguarda por mais desenvolvimentos sobre o caso, que pode ter impactos significativos no cenário esportivo mundial.
