De acordo com comunicado divulgado pela CBF, a nova comissão técnica será apresentada nos próximos dias, visando a preparação para a Olimpíada de Paris em 2024 e a próxima Copa do Mundo em 2027, cuja sede ainda não foi definida. O favorito ao cargo é Arthur Elias, técnico do Corinthians.
No entanto, o Corinthians limitou-se a dizer que Arthur continuará como treinador da equipe nos próximos compromissos, já que o time está envolvido nas semifinais da Série A1 do Campeonato Brasileiro e na reta final do Campeonato Paulista. Além disso, em outubro, o Corinthians buscará o tetracampeonato da Libertadores Feminina, na Colômbia.
Pia Sundhage assumiu o comando da seleção brasileira feminina em 2019 e dirigiu a equipe em 57 partidas, obtendo 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas. Durante seu período no cargo, o Brasil conquistou apenas um título oficial, a Copa América do ano passado, na Colômbia.
Apesar das expectativas iniciais, em 2021, nos Jogos de Tóquio, no Japão, o Brasil foi eliminado nas quartas de final pelo Canadá, nos pênaltis. Nas palavras da própria Pia, a seleção brasileira teria que apresentar um nível técnico superior para enfrentar adversários mais competitivos. Na Copa do Mundo, as atuações da equipe foram decepcionantes, resultando na eliminação na fase de grupos.
Uma das marcas do trabalho de Pia foi a busca por renovação, apostando em jogadoras jovens e talentosas. É importante ressaltar que essa estratégia rendeu bons resultados, com a revelação de jogadoras como Bruninha, Lauren, Angelina, Duda Sampaio, Ary Borges, Ana Vitória, Kerolin, Nycole e Aline Gomes, todas convocadas para a Copa do Mundo.
Além da saída de Pia, outros profissionais do departamento feminino da CBF também deixaram seus cargos, como Ana Lorena Marche (coordenadora de seleções), Mayara Bordin (supervisora), Bia Vaz (auxiliar da equipe sub-20) e Jonas Urias (técnico da sub-20). A demissão de Jonas foi especialmente surpreendente, já que ele levou a seleção brasileira sub-20 a um inédito terceiro lugar no Mundial da categoria no ano passado, com jogadoras que posteriormente foram convocadas para o time principal.
A saída de Pia e a reformulação nas seleções femininas revelam a insatisfação da CBF com o desempenho da equipe na Copa do Mundo e a busca por um novo planejamento e estratégia para os próximos desafios. O Brasil, que é um dos candidatos a sediar a próxima Copa do Mundo feminina em 2027, está empenhado em reconstruir a equipe e buscar melhores resultados no cenário internacional. Resta aguardar os próximos passos da CBF nessa reformulação.