A presidente do Conselho Curador da Fuvest e vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, destacou que a mudança tem como objetivo valorizar o papel das mulheres na literatura, tanto como personagens quanto como autoras. “Muitas delas foram alvo de décadas de invisibilidade pelo fato de serem mulheres”, afirmou Maria Arminda.
O diretor executivo da Fuvest, Gustavo Ferraz de Campos Monaco, explicou que a lista procura recolocar autoras que tiveram ou têm importância no lugar onde deveriam estar nos últimos anos. A intenção é tornar a lista representativa de um grupo que, por diversas razões, acabou sendo marginalizado na divulgação de suas obras e visão de mundo.
As obras de leitura obrigatória para o vestibular de 2025 continuam as anunciadas recentemente, com autores predominantemente masculinos, como Tomás Antônio Gonzaga, Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Eça de Queirós e outros. No entanto, a partir de 2029, autores da literatura brasileira e de língua portuguesa voltarão a aparecer na lista, com destaque para Machado de Assis, Erico Verissimo e Luís Bernardo Honwana.
A lista de leitura obrigatória para o vestibular de 2026 inclui obras como “As Meninas” (Lygia Fagundes Telles), “A Paixão Segundo G.H.” (Clarice Lispector) e “A Visão das Plantas” (Djaimilia Pereira de Almeida), entre outros. É evidente que a Fuvest está empenhada em promover a diversidade e a representatividade na literatura, considerando diferentes vozes e perspectivas.
Essa iniciativa vem em um momento em que questões de igualdade de gênero e diversidade estão sendo mais amplamente debatidas e os esforços para tornar a sociedade mais inclusiva estão em destaque. A inclusão de obras de mulheres autoras de língua portuguesa na lista de leitura obrigatória da Fuvest representa um passo positivo em direção a uma maior representatividade na academia e reconhecimento do trabalho dessas autoras.