O Desenrola Brasil é um programa especial de renegociação de dívidas de consumidores. Nas duas primeiras fases, foram refinanciados quase R$ 16 bilhões e leiloados R$ 126 bilhões em descontos. Agora, inicia-se a terceira etapa, que foca no refinanciamento de dívidas bancárias e de consumo de até R$ 5 mil para devedores que ganham até dois salários mínimos.
A plataforma foi desenvolvida pela B3, a bolsa de valores brasileira, e está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal Gov.br, com conta nível prata ou ouro, e estar com os dados cadastrais atualizados. Após isso, o devedor deve escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para realizar a renegociação e selecionar o número de parcelas desejado.
A página apresentará a lista de credores que ofereceram descontos, ordenados de acordo com os juros, do menor para o maior. Durante os leilões, 654 empresas apresentaram propostas, com o desconto médio ficando em 83% do valor original da dívida. Em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica.
É importante ressaltar que os consumidores têm um prazo de 20 dias, a partir da abertura do programa, para pedir a renegociação de suas dívidas. Após esse período, caso o devedor não tenha realizado a renegociação, a oportunidade passa para outras pessoas.
A consulta para verificar se o débito foi contemplado no programa e o desconto oferecido só é permitida para aqueles que possuem conta nível ouro ou prata no Portal Gov.br. Esse login único também é necessário para formalizar a renegociação.
As dívidas podem ser pagas à vista ou em até 60 meses, com juros de até 1,99% ao mês. Caso o débito não tenha sido selecionado no leilão, os consumidores podem obter o desconto oferecido pelo credor pagando a dívida de forma integral.
O objetivo do programa é permitir que as pessoas possam limpar seu nome e retornar ao mercado de consumo e crédito. Segundo Haddad, todas as plataformas, incluindo B3 e empresas de proteção de crédito, estarão empenhadas em entrar em contato com as pessoas para que todos possam se beneficiar do programa.
O ministro também ressaltou a importância de alcançar os 13% de pessoas que ainda não possuem certificação. Ele destacou que são pessoas potencialmente mais vulneráveis, que mais necessitam do programa. Haddad afirmou que será feito um esforço para que todas as pessoas possam aproveitar essa iniciativa, principalmente neste último trimestre do ano, visando um final de ano mais tranquilo.
