Embora o dólar tenha encerrado o dia em alta, é importante destacar que, ao longo do mês de agosto, a moeda já acumula uma queda de 2,97%, e uma desvalorização ainda mais acentuada de 12,07% desde o início de 2025. Esse movimento apontará uma desaceleração na pressão inflacionária, especialmente em vista da recente divulgação de novas estimativas para o índice de preços.
Contrapondo-se à valorização do dólar, o mercado de ações brasileiro viveu um dia de recuperação. O índice Ibovespa, que representa a B3, fechou com alta de 0,72%, alcançando os 137.322 pontos, após três quedas consecutivas. Esse movimento de valorização nas ações pode ser atribuído, em parte, à expectativa de um cenário econômico mais favorável. A divulgação de que as instituições financeiras projetam a inflação em 2025 abaixo de 5% trouxe otimismo ao mercado.
Esse controle da inflação aumenta a probabilidade de que o Banco Central brasileiro considere a possibilidade de cortes nas taxas de juros num futuro próximo, especialmente no início do próximo ano. Juros mais baixos tendem a estimular a transferência de capital de investimentos de renda fixa, como os títulos do Tesouro, para o mercado de ações, o que pode impulsionar ainda mais a valorização do Ibovespa.
Além disso, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que serve como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma leve queda de 0,1% em junho, sinalizando que o aperto monetário dos últimos meses pode estar começando a desacelerar a economia. O cenário, portanto, permanece desafiador, mas com novas esperanças e perspectivas a serem exploradas pelos investidores.