ECONOMIA –

Desemprego no Brasil atinge menor nível em mais de um ano, com 1,9 milhão de pessoas à procura de trabalho no segundo trimestre de 2025

No segundo trimestre de 2025, o Brasil marcou um feito significativo ao registrar o menor número de pessoas desempregadas desde o início da série histórica, com a pesquisa mostrando 1,913 milhão de indivíduos em busca de emprego. Este dado representa uma expressiva queda de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando 2,4 milhões de pessoas estavam ativamente procurando uma colocação no mercado de trabalho.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) destacou a tendência positiva no mercado, revelando que a redução no número de desocupados é a menor desde 2012. A análise abrange todos os cidadãos a partir de 14 anos, considerando diversas formas de ocupação, incluindo empregos formais, informais e autônomos. Vale ressaltar que apenas aqueles que estão em busca ativa de trabalho são classificados como desocupados.

Os dados revelaram que todas as faixas de tempo para busca de emprego apresentaram quedas em relação ao mesmo trimestre do ano passado. O grupo que busca trabalho há menos de um mês registrou uma redução de 16,7%. Notavelmente, a quantidade de pessoas desocupadas por um período de um a dois anos também atingiu o menor nível da série histórica, refletindo uma queda de 34,8% desde 2012. Esse panorama é um sinal de que o mercado está criando oportunidades, especialmente para aqueles que enfrentavam maiores dificuldades em encontrar emprego.

O analista William Kratochwill enfatizou que o recente desempenho do mercado é um indicativo de que as vagas geradas têm conseguido absorver muitas dessas pessoas, resultando em uma diminuição no percentual de candidaturas de longa duração. Ao que parece, o mercado de trabalho brasileiro está se mostrando resistente a crises, fator que não se via com frequência em anos anteriores.

Além da queda no desemprego, foi reportado que a taxa alcançou 5,8%, o menor patamar já registrado. A pesquisa também evidenciou que 12 estados atingiram os menores índices de desemprego para um segundo trimestre ao longo da série histórica, com destaque para Santa Catarina, que esteve nas melhores colocações com apenas 2,2%.

Apesar das boas notícias, a pesquisa também ressaltou desigualdades persistentes. A taxa de desemprego continua a pesar mais sobre mulheres, negros e pardos. Mulheres enfrentaram uma taxa de 6,9%, em comparação a 4,8% para homens, e a disparidade racial se tornou evidente em sua análise. Enquanto os brancos enfrentaram um cenário de 4,8%, a taxa para negros e pardos foi de 7% e 6,4%, respectivamente.

Esses dados apontam para um panorama de recuperação no mercado de trabalho brasileiro, que, segundo especialistas, pode elevar não apenas a qualidade do emprego, mas também impactar positivamente a economia como um todo.

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