Deputado federal Cícero Almeida (PSD)
Entre idas e vindas, Cícero Almeida (PSD) conclui o primeiro ano como deputado federal em uma nova legenda e com expectativas de que haja melhoras significativas na política e economia do país. Em entrevista ao CadaMinuto, na última sexta-feira (27), ele falou das chances de alguns projetos e emendas de sua autoria serem aprovados e garantirem recursos para Alagoas.
Uma de suas propostas se refere a um requerimento feito ao Ministro da Integração Nacional para adotar providências para o desassoreamento do Complexo Lagunar Mundaú – Manguaba de Alagoas. A indicação tem chances de ser votada ainda este ano.
Almeida também solicitou ao Ministro da Saúde que disponibilize recursos financeiros e humanos para auxiliar Alagoas no diagnóstico e acompanhamento dos casos de microcefalia. Assim como outros estados do Nordeste, houve aumento no número de casos da doença em Alagoas, o que colocou a Secretaria de Saúde estadual em estado de alerta.
O deputado disse que acredita que a mudança de partido, do PRTB para o PSD, contribua para que os requerimentos e outras emendas consigam ser aprovadas pela Câmara. Apesar do otimismo, ele considera que o momento vivido pelo país é difícil, o que dificulta a articulação de toda a bancada alagoana.
“Deputado novato não tem direito a nenhuma emenda. Eu propus R$ 67 milhões e como tenho base eleitora em Maceió, colocamos R$1,5 mi em Rio Largo, colocamos em Maribondo R$1 milhão. Com minha ida ao PSD a expectativa é que consigamos liberar o atual recurso. Esperamos que o prefeito [Rui Palmeira] e o governador coloquem este recurso em obras para a população usufruir. Mas pelo que estamos vendo aí o que aconteceu no país não foi 50%. Essas últimas prisões vão levar mais pessoas, mais dinheiro. Então não dá para nenhum dos oito criar expectativas [bancada alagoana]. Eu tenho um partido que tem um ministério, então vou buscar nesse partido apoio para mim, vou sair em defesa e lutar para que ele tenha os recursos para Alagoas”, afirmou.
Almeida também falou de forma geral sobre o ano de 2015. Ele criticou a postura do governo federal e da presidente Dilma Rousseff com relação aos escândalos envolvendo a Petrobras e políticos detentores de mandato. Numa avaliação pessoal, ele afirmou que apesar de uma saída conturbada do PRTB, ele considerou os primeiros 11 meses de mandato positivos.
“Independente dos últimos acontecimentos, o ano foi altamente produtivo. Nos 11 meses de mandato, os pontos positivos falaram mais alto. Os negativos foram consequência daqueles que se envolveram em irregularidades e mancharam sua história política. O ponto negativo do ano foi a presidente Dilma, que pelos últimos acontecimentos, a prisão de seu líder, a economia do país, ela teve um péssimo ano. O segundo ponto foi o PT que não produziu nada para contribuir com o partido nem o país. Ganharam os trabalhadores, votei com eles o ano inteiro, acredito ter sido positivo e vamos ver o que ainda conseguimos aprovar, já que a perspectiva é que tenha pouca coisa a ser votada antes do recesso”, avaliou.