Ataques de colonos em alta na Cisjordânia: Exército israelense mata 10 e detém 8 em campo de deslocados de Nur Shams

No norte da Cisjordânia ocupada, um ataque do exército israelense ao campo de deslocados de Nur Shams resultou na morte de 10 pessoas e na detenção de outras oito, conforme informado pelas autoridades neste sábado. De acordo com o comunicado do exército, as forças de segurança eliminaram 10 terroristas durante os confrontos que já duram mais de 40 horas.

Enquanto o mundo direciona sua atenção para o conflito entre Israel e Gaza e as tensões com o Irã, a violência na Cisjordânia atinge níveis históricos sem o mesmo destaque midiático. Desde o início da guerra em 7 de outubro, mais de 700 ataques de colonos judeus foram registrados na região, com a participação de soldados israelenses em metade deles, segundo dados das Nações Unidas. Nesse período, 17 palestinos foram mortos, 400 ficaram feridos e mais de 1,2 mil foram forçados a se deslocar devido à violência, incluindo 600 menores.

Um relatório da ONG Human Rights Watch divulgado recentemente expõe a situação na Cisjordânia, que já sofria com um aumento da truculência antes do agravamento do conflito entre Israel e o grupo Hamas. Em 2023, o número de ataques de colonos na região atingiu o maior patamar desde 2006, início da série histórica, de acordo com a ONU.

Segundo Bill Van Esveld, diretor de direitos das crianças da HRW, os colonos e soldados estão desalojando comunidades palestinas inteiras, com o apoio de autoridades israelenses superiores, em uma escalada de abusos alimentada por décadas de impunidade e complacência. A recente onda de ataques teve início após o desaparecimento e morte de um menino israelense de 14 anos no assentamento de Malachei Hashalom, na Cisjordânia ocupada.

Os conflitos resultaram na morte de quatro palestinos, incluindo um menor de 16 anos, além de incêndios em casas e veículos e assassinatos de animais de estimação, conforme relatos do grupo de direitos humanos Yesh Din. Enquanto a atenção internacional se volta para outras regiões em conflito, a violência na Cisjordânia segue em escalada, evidenciando a urgência de medidas para proteger a população civil e buscar soluções para o conflito.

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