Empresários dizem que eles têm mais responsabilidade e experiência.
Os aposentados têm ganhado o mercado de trabalho como office-boys em São José do Rio Preto (SP). Com muita experiência e já na terceira idade, muitos ganharam a preferência das empresas. Isso porque os empresários dizem que eles têm mais responsabilidade e experiência. Já os novos funcionários afirmam ter voltado ao mercado de trabalho para se manterem ativos e complementar a renda.
De acordo com o G1, o aposentado Francisco Faria, de 87 anos, trabalha como office boy em uma clínica há 10 anos. A rotina dele é corrida. Todos os dias ele vai aos bancos dirigindo o carro e faz todo o serviço bancário da clínica. Ele também faz as compras no mercado sempre que precisa e busca o flúor na farmácia para a clínica. Faria diz que continua trabalhando por dois motivos: ganha pouco com a aposentadoria e tem prazer em trabalhar. Ele é querido na empresa e nos locais onde vai a serviço.
“O trabalho me faz bem, me motiva a viver e segundo que é um rendimento a mais que a gente tem e dá bem para cobrir o sustento.”
O dono da clínica, Sílvio Pardo, diz que optou pelo funcionário mais velho porque ele presta serviços que exigem muita confiança e o aposentado cumpre bem esta exigência, já que é mais experiente e responsável. “O seu Faria mesmo que a gente não fale, ele tem boa vontade e acaba fazendo coisas quem a gente nem esperava. Ele é um exemplo para pessoas mais novas, que podem se espelhar no exemplo dele de perseverança, honestidade, boa vontade e simpatia”, conta.
Há três anos, o aposentado Rubens Porfírio, de 64 anos, também trabalha como office boy em uma loja de eletrônicos e é registrado. Ele estava aposentado há 17 anos e voltou ao trabalho para complementar a renda. Rubens trabalha de segunda a sexta, das 9 às 18 horas, e faz serviços de banco, Correios, cartórios e, principalmente, entregas de moto.
“Quando eu parei a coisa complicou e tive que voltar a trabalhar porque meu salário ficou muito baixo, defasou muito o salário. A idade não ajuda muito, mas a gente tem que tirar forças de algum lugar. Ando de 70 a 80 quilômetros por dia”, diz.
O comerciante Fabrício Belasco diz que Porfírio é comprometido com o horário. “Ele está sempre disposto e alegre atendendo a gente”, conta.
25/04/2017