A carta dos governadores é jogo orquestrado. O apoio não vem de graça, diz Pedro Vilela



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O deputado federal Pedro Vilela (PSDB) tem adotado um discurso para o ataque em relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Dos parlamentares federais alagoanos, é o único que assumiu, abertamente, a postura de que votará pela saída da presidente.

Isto tem feito com que tenha sido alvo de ataques – por parte de petistas e simpatizantes do partido – e de elogios, por parte dos que defendem a saída da presidente em virtude das pedaladas fiscais, dos decretos de crédito sem autorização do parlamento, dentre outras questões que estão no pedido elaborado por Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo (ex-petista).

Os opositores já apelidaram Vilela de “deputado Toddynho”, “coxinha” e “reacionário”. “Não há nem o que comentar sobre esses rótulos. Deputado Toddynho? Deste eu nem sabia. Eu estou me movendo pelas minhas convicções e pela forma como enxergo a situação no país. Este governo é insustentável”, disse o parlamentar em entrevista a este blogueiro, quando confrontado sobre o rótulo.

Vilela avalia que – a cada dia – o “Palácio do Planalto perde consistência”. Defendeu que não houve irregularidade na votação que elegeu a Comissão do Impeachment. “Não há nada de irregular. Cabia o voto secreto. O que nós queremos é que a Comissão não seja uma comissão chapa-branca. Com o advento da emenda 76/2003, tudo ocorreu dentro da legalidade. O Pleno do Supremo Tribunal Federal deve confirmar isto, que já foi analisado pelo corpo técnico do Legislativo. Eleições foram legítimas”.

Sobre a Comissão, que teve 272 votos, mas que ainda não é a quantidade suficiente para aprovar o impeachment, Pedro Vilela frisa: “este número mostra força. Foi uma vitória acachapante, mas o movimento só está no início. A tendência é que mais deputados passem a aderir e até o impeachment se aumente o quórum”.

“Nós não queremos golpe. O que queremos é um governo legítimo”, frisou. O tucano ainda comentou sobre a Carta assinada pelos governadores. Indaguei se isto não demonstrava força de Dilma Rousseff que poderia enfraquecer o movimento de impeachment.

Pedro Vilela avalia que a carta é “jogo orquestrado pela Dilma. Eu não sei se ela leu o processo de impeachment, porque ela se defende inclusive do que não está sendo acusada. Eu sei que ela não tem conta na Suíça. Não deve ter mesmo. Agora, ela cometeu crimes de responsabilidade. Então, que ela se defenda do que é acusada. Quanto à carta, governadores tem interesse de estar alinhados por conta de recursos”.

“Ora, como a presidente está fragilidade, os governadores mostram apoio em busca de recursos. Ela ainda detém o cofre central. É óbvio que os governadores dos Estados mais pobres – como é o caso de Alagoas – se alinhem a ela. Este é um apoio que não vem de graça. É apoio de frágil consistência política”, colocou.

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