Zelensky recusa pagamento de US$ 500 bilhões aos EUA e sugere saída do poder em troca de adesão à OTAN durante conflito em andamento.



O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, fez declarações contundentes sobre a cobrança de US$ 500 bilhões que lhe foi imposta pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No último domingo, Zelensky rejeitou a ideia de reconhecer esse montante como uma dívida, insistindo que a ajuda recebida de Washington durante o conflito no país deve ser tratada como um presente, não como uma obrigação a ser paga. O líder ucraniano salientou que essa quantia envolveria comprometer o futuro financeiro de gerações de ucranianos e, portanto, não pode ser considerada uma responsabilidade.

A controvérsia surgiu após Trump sugerir que a Ucrânia deveria compensar os Estados Unidos por recursos enviados, valorizando esses investimentos não apenas em dinheiro, mas também em bens, como territórios ricos em minerais raros. Zelensky, em uma coletiva de imprensa, afirmou que aceita a ajuda como doação — uma posição que ele reforçou ao afirmar que não reconheceria qualquer dívida, independentemente da soma. A situação se torna ainda mais complexa, visto que o ex-presidente Trump tem pressionado pela realização de eleições na Ucrânia, utilizando termos como “ditador” para se referir a Zelensky, e questionando a legitimidade de seu governo.

Adicionalmente, em um esforço para trazer estabilidade ao país, Zelensky sugere que estaria aberto a deixar sua posição como presidente se isso pudesse resultar na paz e, ao mesmo tempo, facilitar a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Esta proposta indica um desejo de Zelensky de não apenas proteger a soberania ucraniana, mas também de se alinhar mais estreitamente com os Estados Ocidentais, em um contexto de crescente tensão com a Rússia.

Essas declarações revelam a delicada situação na Ucrânia, onde as pressões internas e externas se entrelaçam. O futuro da política ucraniana está intrinsecamente ligado a como Kiev gerenciará sua relação com aliados poderosos como os Estados Unidos e a OTAN, especialmente em tempos de crise e incerteza geopolítica. O caminho à frente para Zelensky e sua administração apresenta-se repleto de desafios, incluindo a necessidade de garantias de segurança e o gerenciamento de expectativas, tanto internacionais quanto internas.

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