Zelensky expressa preocupação com vitória de Trump, temendo fim do apoio financeiro e impactos na situação política da Ucrânia após nova eleição nos EUA.



A recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos gerou preocupação entre líderes europeus, especialmente em relação à situação na Ucrânia. O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, comentou que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, demonstrou estar “chocado” com a possibilidade de que a nova administração americana poderia alterar o fluxo de ajuda financeira vital para seu país. Durante uma entrevista, Fico destacou a dependência da Ucrânia em relação aos substanciais empréstimos financeiros que provêm em grande parte dos Estados Unidos. Com Trump definido para assumir o cargo novamente, há temores de que a ajuda a Kiev possa ser reduzida ou até mesmo interrompida.

Além das questões financeiras, há também uma dimensão política significativa na preocupação de Zelensky. Desde o término de seu mandato em maio de 2024, ele não foi reeleito e não houve novas eleições, em boa parte devido à lei marcial que continua vigente na Ucrânia. Isso o deixa em uma posição vulnerável, onde a continuidade de apoio internacional é essencial para sua legitimidade e poder político.

Fico expressou ceticismo sobre a capacidade de Trump de efetivamente resolver o conflito em um curto espaço de tempo, mesmo que o próprio Trump tenha afirmado que poderia negociar um fim para a guerra em apenas 24 horas. O primeiro-ministro eslovaco enfatizou que, embora Trump possa estar interessado em resultados nesta questão, sua abordagem provavelmente envolverá uma diminuição do apoio aos ucranianos, em vez de uma confrontação direta com o presidente russo, Vladimir Putin.

Nas últimas semanas, o panorama político internacional parece ter se tornado ainda mais complexo. Relatos indicam que a equipe de Trump está elaborando um novo plano de resolução para a crise que contempla o congelamento do conflito e a formação de uma zona desmilitarizada, em troca da promessa ucraniana de não aderir à OTAN por pelo menos 20 anos.

Ao mesmo tempo, Putin reiterou a disposição da Rússia para negociar, mas com condições que incluem o reconhecimento da soberania das regiões ocupadas, o que reflete a difícil dinâmica de poder que permanece no cerne do conflito. As próximas etapas e decisões de líderes como Trump e Putin terão impactos profundos não apenas na Ucrânia, mas em todo o equilíbrio geopolítico da Europa.

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