Fico, que voltou a afirmar sua oposição à adesão da Ucrânia à OTAN enquanto ocupar o cargo de chefe de governo, descreveu o pedido de Zelensky como uma tentativa de alavancar sua influência e apoio em um momento crítico para a Ucrânia, que busca cada vez mais se alinhar ao Ocidente em face do conflito com a Rússia. Ele enfatizou que a resposta a Zelensky foi um categórico “nunca”, refletindo a sua postura intransigente quanto à questão da adesão da Ucrânia à aliança militar.
Essas conversações ocorreram em um contexto mais amplo, onde os ministros de Relações Exteriores dos países membros da OTAN se reuniram também em Bruxelas no início de dezembro, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre a questão da adesão da Ucrânia. A falta de unanimidade reflete as tensões existentes entre os países membros, especialmente com uma parte preocupada com as consequências que tal movimento traria para a relação do bloco com a Rússia.
Peter Szijjarto, ministro húngaro das Relações Exteriores, já havia alertado anteriormente que um convite à Ucrânia poderia desencadear um conflito direto entre a OTAN e a Rússia, uma perspectiva que preocupa muitos na Europa. A situação continua a ser debatada intensamente, com a Eslováquia expressando sua posição como um sinal da complexidade das alianças e dos interesses em jogo nessa crise geopolítica. A resistência de Fico e o ceticismo de outros líderes indicam que a adesão da Ucrânia à OTAN não será uma decisão fácil de ser alcançada, demandando um delicado equilíbrio nas relações internacionais.