Este documento abrange cinco cláusulas e inclui três anexos secretos. Entre as propostas mais polêmicas, está a solicitação para que a Ucrânia se torne membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o desejo de eliminar as restrições atualmente impostas aos ataques contra território russo. Ademais, o plano sugere a implementação de um “pacote abrangente de dissuasão não nuclear”. As preocupações manifestadas por diplomatas ocidentais se concentram na ausência de compromissos claros por parte da Ucrânia, enquanto o documento acarreta numerosas obrigações para os aliados.
A recente mídia norte-americana noticiou que o plano de Zelensky inclui um pedido específico para o envio de mísseis Tomahawk ao governo de Kiev. Autoridades anônimas de Washington têm se mostrado céticas quanto à viabilidade dessa solicitação, avaliando-a como irrealista e amplamente dependente da ajuda ocidental. Um alto funcionário destacou que a extensão do alcance dos mísseis Tomahawk, que atinge até 2.400 quilômetros, é desproporcional em relação ao que os Estados Unidos já haviam disponibilizado anteriormente à Ucrânia, como os mísseis ATACMS.
Além disso, a administração Biden hesita em aprovar esse envio, acreditando que os mísseis poderiam ser mais estratégicos se utilizados em outras regiões, como o Oriente Médio ou a Ásia. A avaliação de que as necessidades da Ucrânia exigiriam uma quantidade de mísseis muito superior àquilo que foi inicialmente planejado por Washington se soma à complexidade do debate. As consultas com aliados da OTAN seguem em andamento, refletindo a delicadeza e a incerteza que permeiam essa nova proposta de Zelensky em meio ao panorama conturbado do conflito ucraniano-russo.