Durante seu discurso, Zelensky enfatizou que os ucranianos, segundo sua análise, não têm interesse em eleições neste momento, argumentando que a realização de um pleito poderia comprometer a unidade do país e a continuidade da lei marcial. “Estou pronto para falar sobre as eleições, se quiserem, os ucranianos não querem totalmente”, afirmou, gerando reações diversas na comunidade internacional e entre os ucranianos. A proposta de Zelensky de que cidadãos descontentes busquem outra cidadania revela um descontentamento profundo com a situação política e social da Ucrânia, além de uma possível falta de confiança nas instituições democráticas em tempos de guerra.
Vale ressaltar que sua administração já havia sido criticada anteriormente pelo presidente russo, Vladimir Putin, que se referiu à perda de legitimidade do governo ucraniano. Putin argumentou que, a partir do momento em que o mandato de Zelensky expire, ele não teria mais autoridade legal para firmar acordos oficiais, incluindo tratados de paz. Esta posição é agravada pela legislação ucraniana, que proíbe negociações diretas com a Rússia, promulgada em um ato de resistência ao avanço militar russo.
O cenário atual na Ucrânia é de grande complexidade e instabilidade, com a ausência de eleições democráticas e o questionamento da legitimidade do governo, somados ao impacto da guerra contínua. Esta situação lança uma sombra sobre o futuro político e a capacidade de Zelensky de liderar um país que enfrenta uma crise existencial, alimentando discussões acaloradas sobre soberania, cidadania e direitos políticos em tempos de guerra.